terça-feira, 18 de outubro de 2011

Confira programação completa do Evento Comemorativo de 10 anos do FONASC-CBH


PROGRAMAÇÃO


Dia 25/10 /2011 (terça-feira)
19h: Abertura
 Local: BASA Clube: Av. dos Holandeses, s/n, Calhau
Palestra Magna: A gestão das águas e a sociedade civil: qual é a contribuição do Ministério Público?
Palestrante: Sandra Akemi Shimada Kishi (procuradora regional da República da 3ª Região – SP)
Coquetel
 Atração Cultural (Bumba-meu-boi)


Dia 26/10 /2011(quarta-feira)

14h: Abertura dos trabalhos
Painel 1: Desafios Para a Implementação da Política Estadual de  Recursos Hídricos do Maranhão.
·         Prof. Lucio Macedo: A sustentabilidade do desenvolvimento econômico e a disponibilidade de água.
·         Edmilson Pinheiro: Os desafios da aplicabilidade da legislação das águas na visão da sociedade civil.
·         Thereza Christina Pereira Castro: Os novos caminhos para a governança das águas no Maranhão.

15h: Café

15h15: Debates

16 h: Painel 2:  O fortalecimento da ação  política da sociedade civil  nos  CBHs e Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos para  o encaminhamento de propostas e soluções das demandas sociais com as águas.

·         Flávia Lilian: representação da sociedade civil no CBH Santo Antonio – MG.
·         Gustavo Gazzinelli: representação da sociedade civil no Conselho Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais.
·         João Clímaco Soares de Mendonça Filho: representação da sociedade civil no Conselho Nacional de Recursos Hídricos.

17h: Café

17h15: Debates
18h: Atração Cultural

Atividades Paralelas:

16h: Apresentação da Peça de Teatro “O Príncipe da Floresta é o Sapo”, do Grupo de Teatro Pintando o Sete


Dia 27/10/2011 (quinta-feira)

11h: Visita ao Sitio do Físico

12h: Almoço

14h: Apresentação Jogral, com o grupo JOC da Paróquia Padre João Calábrio

14h30: Reunião com profissionais, entidades e instituições atuantes na gestão de recursos hídricos

16h: Plenária Final
           Aprovação da Carta de São Luis

18h: Atração Cultural

10 anos do FONASC-CBH são comemorados na rede

O FONASC-CBH e todos que compõem a instituição e fazem parte da rede sentem-se felizes com os 10 anos de luta na preservação de nossas águas, tornando públicas as políticas de recursos hídricos.


João e demais amigos, bom dia. 
Não há como esquecer o III Encontro Nacional dos Comitês de Bacias / Belo Horizonte / 2001. Enquanto rolava o coquetel de abertura, Lázaro Silva e Marcelo Alvim, organizadores e coordenadores do Fórum da Sociedade Civil, no CBH - Paraíba do Sul / SP, mobilizavam representantes da sociedade civil de outros estados para realização  de uma reunião de representantes da sociedade civil (paralela como sempre) à ser realizada no período noturno, no terraço do hotel, por solicitação do João Clímaco, representante do Consórcio Intermunicipal da Bacia da Pampulha BH/MG. No término da reunião estava instalado o FONASC, que após 03 dias de trabalho, encaminhou suas reivindicações a plenária do III ENCOB. 
Desde que foi instalada a primeira secretaria do FONASC (anexa) o companheiro JoãClímaco, assumiu a missão de manter vivo o FONASC, enquanto cada um de nós em nossos estados e bacias, continuamos trabalhando para instalação e fortalecimento do Fórum da Sociedade Civil nas Bacias Hidrográficas, o que não tem sido fácil. Se é difícil organizar, subsidiar e manter um fórum da sociedade civil, na área de atuação dos CBHs, imaginem o Fórum Nacional da Sociedade Civil. Dificuldades que apresentei (pelo FONASC) no "Seminário Legislativo - Águas Minas II" (anexo pag 31).  
Apostando que, um dia, a sociedade civil construirá uma agenda e organograma, que tenha em suas bases os fóruns da sociedade civil nas bacias hidrográficas, com representações em fóruns estaduais e FONASC, formando uma grande rede de interlocutores, com objetivo de contribuir para gestão participativa, democrática e descentralizada dos recursos hídricos e; Considerando a experiência adquirida nesses 10 anos de militância, no CBH - Paraíba do Sul / SP, não poderia deixar de parabenizar as ações do FONASC, nesses 10 anos, e de seu grande guardião, o sociólogo e Agente político-social JOÃO CLÍMACO. PARABÉNSSSSSSSSSSS... 
Que o Senhor o conserve e seu exemplo de cidadania seja multiplicado pelas águas das bacias hidrográficas de nosso pais. 
Grande abraço.
Prof. Lázaro Tadeu Ferreira da Silva.Coordenador do Movimento Nascentes do Paraíba / SP. 

Projeto Quarta de Paz, amanhã, em São Luís


Fundada em São Luís do Maranhão, em 1981, a Comissão Arquidiocesana "Justiça e Paz" defende os direitos humanos e a vida daqueles cuja voz não é ouvida.
O acesso à água é um direito fundamental de todo ser humano. Todos devem ter garantido o seu direito à água potável, de qualidade e em quantidade suficiente para os seus múltiplos usos.
Na perspectiva de defesa dos direitos humanos, a Comissão Arquidiocesana "Justiça e Paz" se coloca ao lado do FONASC-CBH na luta em defesa das águas, pela preservação dos nossos rios e bacias, e, consequentemente, da vida que eles permitem existir.

A Comissão realizará, amanhã, 19, às 19h, no Teatro Alcione Nazaré (Centro de Criatividade Odylo Costa, filho - Praia Grande), mais uma edição do projeto Quarta de Paz. O tema será “A decadência socioeconômica da cidade e as diversas formas de violência”. A mesa de discussão será coordenada  José Odval Alcântara Júnior, sociólogo, pesquisador de Sociologia, Sociologia Urbana e da Mobilidade Urbana e coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas das Formas Sociais.

O Projeto Quartas de Paz se consolidou, a partir dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, como um espaço de formação aberto à sociedade e aos jovens seminaristas, religiosos e religiosas, lideranças de Igreja, com o objetivo de possibilitar o aprofundamento de questões sociais que ferem a dignidade da pessoa humana e ameaçam a vida. (fonte: Comissão Arquidiocesana "Justiça e Paz")

domingo, 16 de outubro de 2011

10 anos do FONASC-CBH: programe-se!

Nos próximos dias 25 a 27, o FONASC-CBH comemora seus 10 anos de atividades e luta em defesa dos rios e bacias hidrográficas do país. A programação contemplará desde debates e discussões sobre políticas hídricas até atrações culturais, como teatro e bumba-meu-boi.

Abrindo o encontro, haverá palestra magna com a procuradora regional da República da 3ª Região – SP, Sandra Akemi Shimada Kishi, que falará sobre a contribuição do Ministério Público para a luta da sociedade civil nas questões de gestão hídrica; em seguida, haverá apresentação cultural, quando os participantes de outros estados poderão conhecer o bumba-meu-boi, identidade cultural maranhense. 

A programação segue com painéis que debaterão as políticas de recursos hídricos e o papel dos comitês de bacias hidrográficas. O primeiro painel terá como tema “Desafios para a implementação da Política Estadual de Recursos Hídricos do Maranhão” e contará com a presença de Lúcio Macedo, doutor em Engenharia Ambiental e professor da UFMA e Uema; Edmilson Pinheiro, membro da ong Fórum Carajás; e Thereza Christina Pereira, vice-coordenadora nacional do FONASC-CBH.

Já o segundo painel, cujo tema é “O fortalecimento da ação política da sociedade civil nos CBHs e Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos para o encaminhamento de propostas e soluções das demandas sociais com as águas” será encabeçado por Flávia Lilian, da representação da sociedade civil no Comitê de Bacia Hidrográfica Santo Antônio (MG); Gustavo Gazzinelli, membro do Conselho Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais; e João Clímaco Filho, coordenador nacional do FONASC-CBH.

Paralelamente aos debates, haverá programação infantil para as crianças pertencentes às comunidades onde o FONASC-CBH atua. Trata-se da peça “O Príncipe da Floresta é o Sapo”, que traz uma reflexão sobre a necessidade de se preservar os recursos naturais. O mote do espetáculo pode ser resumido na frase “Use seus cinco sentidos, pelo mesmo cinco segundos, em prol da natureza”, presente na narrativa. No elenco, estão 18 crianças de oito a 14 anos, membros do Grupo de Teatro Pintando o Sete, da escola Nossa Senhora da Conceição, da Cidade Olímpica.

Contemplando a proposta do evento de levar o debate ambiental para próximo da natureza, a programação do último dia do encontro acontecerá no Sítio do Físico, nas margens do Rio Bacanga. Lá, haverá mais debates sobre a questão da gestão dos recursos hídricos, além de apresentação de jogral, com o grupo de jovens da Paróquia Padre João Calábrio, da Cidade Operária, onde o FONASC-CBH também realiza ações.

Eleições no SCBH Ribeirão Onça


O Comitê da Bacia do Rio das Velhas está realizando chamada pública para composição do subcomitê na bacia hidrográfica do Ribeirão Onça.
Leia abaixo o convite do CBH do Rio das Velhas.



Atualmente, o CBH Rio das Velhas é dividido em 14 subcomitês, dentre eles o Ribeirão Onça. Os Subcomitês de Bacia Hidrográfica (SCBH) foram instituídos pelo Comitê do Rio das Velhas para fortalecer sua atuação local. Cada Subcomitê é composto da mesma forma que o CBH Rio das Velhas, mas por entidades e representações da sub-bacia em questão. Os SCBH são instâncias de planejamento que discutem os rumos e prioridades para os usos da água de uma bacia hidrográfica, é composto por vários segmentos da sociedade: Poder Público (Municipal e Estadual), Usuários de água (empresas/entidades/produtores que fazem uso da água através de captação superficial e subterrânea) e Sociedade Civil Organizada (Associações de Bairro, Entidades de Pesquisa, e Organizações Não Governamentais diversas).
O CBH Rio das Velhas está realizando chamada pública para a eleição para composição do subcomitê na bacia hidrográfica do Ribeirão Onça. Se a sua entidade tem interesse em participar, a eleição acontecerá no dia 18 de outubro de 2011 ás 13:30h, na Sala da Congregação do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG. Favor comparecer com a carta de indicação de sua instituição, conforme modelo em anexo
--> BAIXAR MODELO 


(fonte: CBH Rio das Velhas)





A mesma chuva e os mesmos desastres

É preciso uma ação articulada para evitar novos desastres


ÁLVARO RODRIGUES DOS SANTOS
ESPECIAL PARA A FOLHA


Em alguns dias começa, no Sul-Sudeste, o novo período de cinco meses, novembro a março, de chuvas intensas e concentradas. Nesse período, e na mesma proporção do crescimento das cidades, são recorrentes e crescentes em sua intensidade e dimensões os eventos associados a esta alta pluviosidade: enchentes e deslizamentos de encostas.

No último período chuvoso, as tragédias ocorridas na zona serrana do Rio de Janeiro, que acabaram em centenas de mortos, causaram profunda comoção em toda a sociedade brasileira. Desse impacto emocional resultaram diversas providências e iniciativas de governo nas esferas federal, estadual e municipal.

Algumas delas eram cobradas desde há muito pelo meio técnico.Importantes passos foram dados para organizar e preparar os órgãos responsáveis da administração pública para um efetivo enfrentamento desse problema.

No nível federal, foi criado o Cemaden, órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia e que estará encarregado do tratamento de dados climatológicos e da disponibilização de sistemas de alerta pluviométrico. Outras iniciativas são a mobilização da CPRM (Serviço Geológico do Brasil) para o mapeamento geotécnico e de risco dos municípios mais vulneráveis a esses tipos de fenômeno e a recente publicação da medida provisória nº 547, de 11 de outubro, editada pela Presidência.

A medida define série de responsabilidades -com destaque à elaboração de suas Cartas Geotécnicas- aos municípios mais ameaçados por riscos geológicos e correlatos para que, com o correspondente apoio federal e estadual, reduzam corretiva e preventivamente os riscos de acidentes dessa natureza.

Apesar de algumas deficiências, há meritórias iniciativas que colocam o país em um patamar mais avançado no trato do problema das áreas de risco.
No entanto, grandes frutos ainda não podem ser esperados para o próximo período chuvoso. A dificuldade e a lentidão da administração pública em tomar decisões e em colocar os planos em prática ainda mostram-se como importante fator limitante. Inexistem nos três níveis de governo indispensáveis linhas de comando para a devida articulação unificada das ações em curso e das instituições envolvidas.

A disputa por espaços políticos consome tempo e dinheiro e elimina a possibilidade de sinergia de esforços. Especialmente para as ações emergenciais voltadas ao período chuvoso que se aproxima, impõem-se ações drásticas e imediatas para que vidas possam ser salvas. 

ÁLVARO RODRIGUES DOS SANTOS, geólogo, é consultor em geologia de engenharia, geotecnia e meio ambiente

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Está chegando o evento comemorativo dos 10 anos do FONASC-CBH!


O Fórum Nacional da Sociedade Civil nos Comitês de Bacias Hidrográficas (FONASC-CBH) está comemorando 10 anos de luta em defesa das águas. Para tal, realizará um encontro comemorativo nos dias 25 a 27 deste mês, no Basa Clube e no Sítio do Físico, em São Luís. O momento é de celebração, mas também de reafirmação do compromisso e da missão social da entidade formada por voluntários, colaboradores e apoiadores que se aglutinam em todo o país, unidos pelo desejo comum de preservar rios e bacias hidrográficas brasileiras.

Nos últimos 10 anos, o papel do FONASC-CBH tem sido mostrar para a sociedade que água, política e cidadania andam juntas e que a falta de cuidados com rios e bacias levará populações inteiras à escassez de água, como já ocorre em diversas partes do mundo. Nessa perspectiva, a entidade vem realizando trabalhos de capacitação, articulação e mobilização da sociedade civil para que estes atores sociais atuem nos comitês de bacias hidrográficas de forma politicamente incisiva e cidadã. 

No Maranhão, o FONASC-CBH vem fazendo um trabalho expressivo já há oito anos, enfrentando desafios e dificuldades, mas entendendo a necessidade do estado de formar competências para melhorar e ampliar a atuação da sociedade civil na gestão das águas. A instituição entende a urgência de preservação da riqueza hídrica do estado, maltratada por anos de gestões sem compromisso ambiental. Por isso, deu-se a escolha do Maranhão como sede do encontro que marcará os 10 anos de atividades do FONASC-CBH em todo o país.

A realização do encontro no Maranhão será também um momento oportuno de troca de experiências entre organizações e cidadãos maranhenses e os demais representantes de entidades, setores e segmentos ambientais de outros estados, no sentido de efetivar a Política Estadual de Recursos Hídricos, consolidando o protagonismo da sociedade civil maranhense na implementação dessa política.

A proposta do Evento Comemorativo dos 10 Anos do FONASC-CBH é, portanto, fazer da ocasião festiva também um momento para discutir o papel dos Comitês de Bacias Hidrográficas na atual conjuntura das políticas públicas, além de uma maior participação da sociedade civil na Política Nacional de Recursos Hídricos, que determina pela Lei 9433/97 a gestão compartilhada, democrática e integrada das águas, o que implica dizer que estado e sociedade civil devem gerir e se responsabilizar igualmente pelo cuidado com os recursos hídricos nacionais. 

As inscrições para o evento estão abertas e podem ser feitas gratuitamente pelo site www.fonasc-cbh.org.br ou pelo email 10anos@fonasc-cbh.org.br



SERVIÇO
O Quê: Evento Comemorativo dos 10 anos do FONASC-CBH
Quando: 25 a 27 de outubro
Onde: BASA Clube (Calhau) e Sítio do Físico

Tratamento de resíduos sólidos ainda é incipiente no país



Brasil gasta R$ 8 bilhões por ano por não reciclar materiais descartados 
Ministério do Meio Ambiente garante o fim dos resíduos em lixões para 2014


São Paulo – O governo estuda formas de reverter o “desperdício” de R$ 8 bilhões gastos anualmente por não reciclar resíduos compostos por plástico, metal, papel e vidro, informou nesta segunda-feira (10) o diretor executivo da Secretaria Nacional de Ambientes Urbanos do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Costa, durante audiência pública realizada na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), para debater o Plano Nacional de Resíduos Sólidos.

“Esse é um dado que nós queremos resgatar. Nós trabalhamos para fazer a integração dos planos estaduais, municipais e federal em uma única política nacional para lidar com o tratamento de resíduos sólidos”, explicou o diretor. O secretário da pasta, Nabil Bonduki, também participou do encontro, onde foram discutidas estratégias para implementação de políticas públicas voltadas ao tratamento de resíduos.
Para Costa, os municípios de pequeno porte são os mais difíceis de se atingir. “Nunca vamos conseguir implantar um aterro por município, então temos de fazer consórcios intermunicipais, de tal forma que implante uma quantidade menor de aterros para atender a um conjunto de municípios”. O diretor explicou ainda que o custo elevado e as dificuldades operacionais dessas obras inviabilizam a construção de aterros sanitários nas pequenas cidades.

A região Nordeste concentra atualmente 89% dos municípios que não possuem tratamento de resíduos. Para reverter essa situação, Bonduki aconselha uma inversão de valores. “Os municípios têm renda muito baixa, isso desestimula e torna todo o processo mais difícil. Temos de parar de ver o lixo como um problema e passar a enxergá-lo como recurso. Com isso, talvez até os municípios menores e mais pobres poderão se dar bem nesse assunto”, disse o secretário, que ainda falou sobre a importância de essas cidades implantarem a coleta seletiva e a compostagem.

Costa comentou que um plano nacional deve despertar o interesse de todos. “Dificuldade maior está no sentido de garantir que o Plano Nacional de Resíduos se constitua nacionalmente, porque ele não é um plano somente para o União, ele é para os estados, municípios, para os cidadãos, para o setor empresarial e produtivo”, disse.

Fim dos lixões
Costa afirmou que a partir de agosto de 2014, de acordo com a Lei Nacional de Resíduos Sólidos, todos os dejetos devem ser despejados de forma ambientalmente adequada. “Dessa data em diante não será mais permitido levar resíduos para aterros, e os lixões existentes devem ser encerrados”, disse.

De acordo com o previsto no ítem V do artigo 15º da lei, o Ministério do Meio Ambiente deverá implementar metas para a eliminação e recuperação de lixões, associadas à inclusão social e à emancipação econômica de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis. Bonduki também falou a respeito dos catadores e como melhorar a remuneração para a categoria.

“É muito importante o pagamento de serviços ambientais a esses catadores. Já existe um projeto de lei no Congresso Nacional, apoiado pelo Ministério do Meio Ambiente, para que possamos criar essa figura de remuneração pelo serviço ambiental. Dessa maneira, o catador poderá receber, por exemplo, por tonelada de resíduo recolhido e triado. O catador precisa ser tratado como qualquer trabalhador, inclusive com uma remuneração básica”, disse Bonduki.

Licença "derrubada"

Derrubada Licença de Instalação Ad Referendum que Governo Mineiro liberou para mineradora canadense no Norte de Minas

No dia 11 de outubro de 2011, em Montes Claros, ocorreu a 76ª reunião do COPAM/URC Norte de Minas (Conselho de Política Ambiental – Unidade Regional Colegiada). O conselho debateu a Licença de Instalação da empresa Carpathian Gold, canadense, que quer explorar ouro em Riacho dos Machados. A reunião foi bastante tensa, pois os conselheiros que não representavam a empresa Canadense estavam com a “batata quente” na mão. Uma rasteira (termo usado por alguns conselheiros) dada pela Carpathian Gold e o governo mineiro.

Na reunião passada (do COPAM/URC NM) a empresa, através de Ézio Darioli da FIEMG (Federação das Indústrias de Minas Gerais), em função da greve dos funcionários do SISEMA (Sistema Estadual de Meio Ambiente) - que ainda permanece, pediu o adiamento da mesma, pois não teriam respaldo dos técnicos para o debate. Na semana seguinte fizeram lobby junto ao secretário de meio ambiente que deu a licença ad referendum. 

A empresa justifica a necessidade da LI, para garantir o financiamento do grupo Macquarie Bank. Como é praxe, em parte da Justiça que não conhece bem as questões e rasteiras ambientais, depois de empregada e financiada uma boa soma de dinheiro e contratadas pessoas para o mineradora, se dirá que a situação se instalou, que isto torna inviável a revisão da licença (devido aos recursos já investidos e aos postos de trabalho criados). São vários os casos julgados, que – apesar da comprovação de ilegalidades e riscos à vida das pessoas e da natureza – dão ganho de causa às mineradoras, mesmo que em prejuízo da coletividade – que vive na região e terá suas condições de renda e trabalho ameaçadas por uma barragem de rejeitos à montante da represa que mantem a agricultura, a fruticultura, a pesca, o lazer, o turismo e o abastecimento público da cidade de Janaúba e Nova Porterinha.

A empresa então não tem capacidade de planejar suas ações no tempo? Ou é essa a sua estratégia de diálogo? Desta vez a jogada não deu tão certo assim. Muitos conselheiros e o público que acompanhava a reunião se mostraram indignados. Além da “rasteira” ad referendum, a empresa não cumpriu com todas as condicionantes – deixando várias questões de fora. Como também não apresentou respostas para problemas centrais, como a impermeabilização da barragem de rejeitos – que ficará próxima à barragem de Bico da Pedra. É uma total falta de responsabilidade aprovar uma licença que permitirá construir essa barragem, sem saber ao certo como será feita e sem a análise mais detida das alternativas locacionais!! A empresa diz que ainda precisa de estudos para poder definir a técnica mais segura. A insegurança das barragens de rejeitos já causou vários desastres ambientais. Mas mesmo assim a Carpathian força a liberação da licença. Mostra a falta de compromisso com a população e descaso com os conselheiros do COPAM.

Numa mostra de bom senso, os conselheiros conseguiram, mesmo com os votos contrários do setor industrial, retirar o ponto de pauta, criou-se um grupo de estudo e aprovou-se uma condicionante proibindo a empresa de qualquer ação na área.

A participação de representantes da sociedade civil, as cartas dos prefeitos de Nova Porterinha e Janaúba, como também o IBAMA (Norte de Minas e Brasília), apresentaram sérios questionamentos ao processo. Ainda o MPE informou a criação de um inquérito civil acionado por uma representação de entidades da região.

Montes Claros, 13 de outubro de 2011

(Fonte: CPT Minas Gerais)

Modificações no programa de irrigação do semiárido

Irrigação para fruticultura 
(12 de outubro de 2011) 

O programa de irrigação do semiárido vem sofrendo modificações conceituais para ser relançado como uma espécie de "PAC da Irrigação". As mudanças foram confirmadas pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, depois de conhecer as dificuldades registradas nos perímetros irrigados do Ceará, onde os pequenos e médios produtores são tolhidos pela falta de financiamento agrícola.

O governo pretende transferir a gestão dos perímetros irrigados para as empresas, anunciou o ministro, como saída para equacionar os entraves gerados pela falta de financiamento, a ociosidade das terras e as questões de infraestrutura O ministro visitou os perímetros irrigados Tabuleiros de Russas e Jaguaribe-Apodi, no Vale do Jaguaribe, ouvindo as demandas dos produtores rurais.

No semiárido, a ideia original dos perímetros era assentar os trabalhadores rurais do Nordeste, sem terras, sem tecnologia, sem organização rural e sem mercado para a absorção da produção agrícola deles extraídos. Diante de seus custos, eles mereceram graves considerações públicas, feitas pelo então presidente da República, Ernesto Geisel, quando da inauguração do perímetro instalado em Morada Nova. 

Pelo visto, os valores elevados, bancados pelo governo federal, não tiveram continuidade, em razão da produção muito aquém do esperado, do despreparo do produtor, da ausência de organização rural e, principalmente, de financiamento de suas atividades a juros ajustados à produção da agricultura familiar. Com a produção de peixes ocorreu fenômeno parecido. A velha guarda do Dnocs, quando concebeu o seu serviço de pesca e piscicultura, tinha como objetivo suprir a população do semiárido de proteína animal carente à mesa da população sertaneja, especialmente nos ciclos de estiagens prolongadas. O Dnocs conseguiu implantar a maior escola latino-americana de piscicultura, aclimatou espécies expandidas como a tilápia, mas não garantiu a questão central da alimentação: o elevado déficit de proteína.

O Ministério da Integração Nacional tem uma nova bandeira: universalizar os recursos hídricos, aproveitando os 340 mil hectares das áreas de perímetros irrigados existentes no País, pois somente 200 mil hectares produzem atualmente. Para tanto, recorrerá à iniciativa empresarial, levando em conta os primeiros resultados obtidos pelo Perímetro Irrigado Tabuleiros de Russas, onde as linhas de financiamento permitiram a expansão dos 678 hectares iniciais, em 2006, para 4.143 hectares de produção, neste ano.

A expectativa se volta para a produção de 46 mil toneladas de frutas para o abastecimento dos mercados interno e externo. O Perímetro Tabuleiros de Russas, abrangido pelas experiências em irrigação de Russas, Morada Nova e Limoeiro do Norte, tende a se transformar no maior polo fruticultor do Nordeste Setentrional. A irrigação será feita por gotejamento para economizar a água armazenada. Aberto a pequenos, médios e grandes produtores, por enquanto, as duas primeiras categorias se ressentem de exigências bancárias para obtenção de financiamento. A solução exigirá criatividade. 

(Fonte: Diário do Nordeste)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Carta do Acre: em defesa da vida

A Carta do Acre é um documento assinado por entidades, instituições e movimentos ambientalistas em defesa da vida e se colocando contra a mercantilização da natureza, como o próprio subtítulo da carta deixa claro.
O FONASC.CBH apóia Carta do Acre e se coloca ao lado destes que a assinam, reforçando esta luta.

"O FONASC também cumprimenta essa iniciativa que resgata os princípios para o exercício da cidadania e controle social na participação e monitoramento das Políticas Públicas. Sem entrar no mérito desses projetos que agregam muitas pessoas de bem, comumente vemos em tais iniciativas o exercício de um tipo de ativismo incestuoso na relação do estado com os movimentos que nos impõem dúvidas e questionamentos."
(João Clímaco - coordenador nacional do Fonasc)



Carta do Acre 

Em defesa da vida, da integridade dos povos e de seus territórios e contra o REDD e a mercantilização da natureza 

Estivemos reunidos em Rio Branco - AC, entre os dias 3 a 7 de outubro de 2011 na Oficina: Serviços Ambientais, REDD e Fundos Verdes do BNDES: Salvação da Amazônia ou Armadilha do Capitalismo Verde?

Estávamos presentes, organizações socioambientais, de trabalhadoras e trabalhadores da agricultura familiar, organizações de Resex e Assentamentos Extrativistas, de direitos humanos (nacionais e internacionais), organizações indígenas, organizações de mulheres, pastorais sociais, professores, estudantes e pessoas da sociedade civil comprometidas com a luta “dos de baixo”.

Percebemos a formação de um consenso em torno da ideia de que, desde 1999, com a eleição do governo da Frente Popular do Acre (FPA), foram tomadas iniciativas para a implantação de um “novo modelo” de desenvolvimento. Desde então, tal modelo é celebrado como primor de harmonia entre desenvolvimento econômico e conservação da floresta, de seus bens naturais e do modo de vida de seus habitantes. Com forte apoio dos meios de comunicação , de sindicatos, de ONGs promotoras do capitalismo verde na região amazônica, de bancos multilaterais, de oligarquias locais, de organizações internacionais, ele é apresentado como “modelo exitoso” a ser seguido por outras regiões do Brasil e do mundo.

Nesses dias, tivemos oportunidade de conhecer, em campo, algumas iniciativas tidas como referência no Acre. Vimos de perto os impactos sociais e ambientais do “desenvolvimento sustentável” em curso no estado. Visitamos o Projeto de Assentamento Agroextrativista Chico Mendes, Fábrica de Preservativos NATEX e o Seringal São Bernardo (Projeto de Manejo Florestal Sustentável das Fazendas Ranchão I e II). As visitas nos colocaram diante de um cenário bastante distinto daquilo que é propagandeado nacional e internacionalmente.

No Seringal São Bernardo, pudemos constatar que o atendimento dos interesses das madeireiras se faz em detrimento dos interesses das populações locais e da conservação da natureza. Mesmo as questionáveis regras dos planos de manejo são desrespeitadas e, segundo dizem os moradores, com conivência de gestores estatais. No caso do Projeto de Assentamento Agroextrativista Chico Mendes Cachoeira (em Xapuri), constatamos que os moradores continuam subjugados ao domínio monopolista, atualmente vendem a madeira para a empresa “Laminados Triunfo” a R$90,00 m3, quando a mesma quantidade de madeira chega a valer até R$1200 na cidade. Por isso, endossamos a reivindicação de diversas comunidades pela suspensão dos famigerados projetos de manejo. Solicitamos a apuração de todas as irregularidades e exigimos a punição dos culpados pela destruição criminosa dos bens naturais.

Os dias em que tivemos reunidos foram dedicados ainda ao estudo sobre Serviços Ambientais, REDD e Fundos Verdes do BNDES. Compreendemos o papel dos Bancos (Banco Mundial, FMI, BID e BNDES), ONG´s comprometidas com o capitalismo verde, tais como WWF, TNC e CI; bem como o papel de outras instituições como ITTO, FSC e USAID, setores da sociedade civil e Governos Estadual e Federal que têm se aliado ao capital internacional na intenção de mercantilizar o patrimônio natural da Amazônia

Ressaltamos que, além de desprovida de amparo constitucional, a Lei N° 2.308, de 22 de outubro de 2010, que regulamenta o Sistema Estadual de Incentivo a Serviços Ambientais foi criada sem o devido debate com os setores da sociedade diretamente impactados por ela, isto é, os homens e mulheres dos campos e floresta. Reproduzindo servilmente os argumentos dos países centrais, os gestores estatais locais a apresentam como uma forma eficaz de contribuir com o equilíbrio do clima, proteger a floresta e melhorar a qualidade de vida daqueles que nela habitam. Deve-se dizer, entretanto, que a referida lei gera “ativos ambientais” para negociar os bens naturais no mercado de "serviços ambientais", como o mercado de carbono . Trata-se de um desdobramento da atual fase do capitalismo cujos defensores, no intuito de assegurar sua reprodução ampliada, lançam mão do discurso ambiental para mercantilizar a vida, privatizar a natureza e espoliar as populações do campo e da cidade. Pela lei, a beleza natural, a polinização de insetos, a regulação de chuvas, a cultura, os valores espirituais, os saberes tradicionais, a água, plantas e até o próprio imaginário popular, tudo passa a ser mercadoria. A atual proposta de modificação do Código Florestal complementa esta nova estratégia de acumulação do capital, ao autorizar a negociação das florestas no mercado financeiro, com a emissão de "papéis verdes", a chamada Certidão de Cotas de Reserva Ambiental (CCRA). Desse modo, tudo é colocado no âmbito do mercado para ser gerido por bancos e empresas privadas.

Embora apresentada como solução para o aquecimento global e para as mudanças climáticas, a proposta do REDD permite aos países centrais do capitalismo manterem seus padrões de produção, consumo e, portanto, também de poluição. Eles continuarão consumindo energia de fontes que produzem mais e mais emissões de carbono. Historicamente responsáveis pela criação do problema, agora propõe m a “solução” que mais atende a seus interesses. Possibilitando a compra do “direito de poluir”, mecanismos como o REDD forçam as denominadas “populações tradicionais”is (ribeirinhos, indígenas, quilombolas, quebradeiras de coco, seringueiros etc.) a renunciarem a autonomia na gestão de seus territórios.

Com isso, embaralham-se os papeis. O capitalismo, civilização mais predadora da história da humanidade, não representaria nenhum problema. Ao contrário, seria a solução. Os destruidores seriam agora os grandes defensores da natureza. E aqueles que historicamente garantiram a conservação natural são, agora, encarados como predadores e por isso mesmo são criminalizados. Não surpreende, portanto, que recentemente o Estado tenha tornado mais ostensiva a repressão, a perseguição e até expulsão das populações locais de seus territórios. Tudo para assegurar a livre expansão do mercado dos bens naturais.

Com o indisfarçável apoio estatal, por esse e outros projetos o capital hoje promove e conjuga duas formas de re-territorialização na região amazônica. De um lado, expulsa povos e comunidades do território (como é o caso dos grandes projetos como as hidrelétricas), privando-os das condições de sobrevivência. De outro, tira a relativa autonomia daqueles que permanecem em seus territórios, como é o caso das áreas de conservação ambiental. Tais populações até podem permanecer na terra, mas já não podem utilizá-la segundo seu modo de vida.Sua sobrevivência não seria mais garantida pelo roçado de subsistência - convertido em ameaça ao bom funcionamento do clima do planeta -, mas por “bolsas verdes”, que, além de insuficientes, são pagas para a manutenção da civilização do petróleo.

Cientes dos riscos que tais projetos trazem, rechaçamos o acordo de REDD entre Califórnia, Chiapas, Acre que já tem causado sérios problemas a comunidades indígenas e tradicionais, como na região de Amador Hernández, em Chiapas, México. Por isso nos solidarizamos com as populações pobres da Califórnia e Chiapas que já têm sofrido com as consequências. Solidarizamo-nos também com os povos indígenas do TIPNIS, na Bolívia, sob ameaça de terem seu território violado pela estrada que liga Cochabamba a Beni financiada pelo BNDES.

Estamos num estado que, nos anos de 1970-80, foi palco de lutas históricas contra a expansão predatória do capital e pela defesa dos territórios ocupados por povos indígenas e populações camponesas da floresta. Lutas que inspiraram muitas outras no Brasil e no mundo. Convertido, porém, a partir do final da década de 1990, em laboratório do BID e do Banco Mundial para experimentos de mercantilização e privatização da natureza, o Acre é hoje um estado “intoxicado” pelo discurso verde e vitimado pela prática do “capitalismo verde”. Dentre os mecanismos utilizados a fim de legitimar essa ordem de coisas, ganha destaque a manipulação da figura de Chico Mendes. A crer no que nos apresentam, deveríamos considerá-lo o patrono do capitalismo verde. Em nome do seringueiro, defende-se a exploração de petróleo, o monocultivo da cana-de-açúcar, a exploração madeireira em larga escala e a venda do ar que se respira.

Ante tal quadro, cumpre perguntar o que mais não caberia nesse modelo de “desenvolvimento sustentável”. Talvez em nenhum outro momento os pecuaristas e madeireiros tenham encontrado cenário mais favorável. É por essa razão que cremos necessário e urgente combatê-lo posto que, sob aparência de algo novo e virtuoso, ele reproduz as velhas e perversas estratégias de dominação e exploração do homem e da natureza.

Por fim deixamos aqui nossa reivindicação pelo atendimento das seguintes demandas: reforma agrária, homologação de terras indígenas, investimentos em agroecologia e economia solidária, autonomia de gestão dos territórios, saúde e educação para todos, democratização dos meios de comunicação. Em defesa da Amazônia, da vida, da integridade dos povos e de seus territórios e contra o REDD e a mercantilização da natureza. Estamos em luta. 

Rio Branco, Acre, 07 de outubro de 2011. 


Assinam esta carta: 
Assentamento de Produção Agro-Extrativista Limoeiro-Floresta Pública do Antimary (APAEPL)
Amazonlink 
Cáritas - Manaus
Centro de Defesa dos Direitos Humanos e Educação Popular do Acre (CDDHEP/AC)
Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul da Bahia (CEPEDES)
Comissão Pastoral da Terra – CPT Acre
Conselho Indigenista Missionário – CIMI Regional Amazônia Ocidental
Conselho de Missão entre Índios – COMIN Assessoria Acre e Sul do Amazonas
Coordenação da União dos Povos Indígenas de Rondônia, Sul do Amazonas e Noroeste do Mato Grosso - CUNPIR
FERN
Fórum da Amazônia Ocidental (FAOC)
Global Justice Ecology Project
Grupo de Estudo sobre Fronteira e Identidade - Universidade Federal do Acre
Instituto Madeira Vivo (IMV-Rondônia)
Instituto Mais Democracia
Movimento Anticapitalista Amazônico - MACA
Movimento de Mulheres Camponesas (MMC - Roraima)
Nós Existimos - Roraima
Núcleo Amigos da Terra Brasil
Núcleo de Pesquisa Estado, Sociedade e Desenvolvimento na Amazônia Ocidental -Universidade Federal do Acre
Oposição Sindical do STTR de Brasiléia
Rede Acreana de Mulheres e Homens
Rede Alerta Contra o Deserto Verde
Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bujarí (STTR - Bujarí)
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri (STTR- Xapuri)
Terra de Direitos União de Mulheres Indígenas da Amazonia Brasileira
World Rainforest Movement (WRM)

Entrevista de Thereza Christina, vice-coordenadora do FONASC.CBH, no programa Grandes Debates

A vice-coordenadora nacional do FONASC.CBH, Thereza Christina Pereira, esteve no programa Grandes Debates, da TV Comunitária de Curitiba, para falar sobre política de recursos hídricos, sobre os 10 anos do Fonasc e também sobre a atuação e os desafios enfrentados pela entidade no Maranhão.

Assista a entrevista completa:


   

Agenda CNRH

Nos próximos dias 25 e 26, acontecerá, em Brasília (DF), a 86ª Reunião da Câmara Técnica de Integração de Procedimentos, Ações de Outorga e Ações Reguladoras - CTPOAR. A reunião ocorrerá na sala de reuniões do 3º andar da Agência Nacional de Águas, localizada no SIA, trecho 4, lote 370, prédio SOTREQ.

As competências da CTPOAR são: propor diretrizes para integração de procedimentos entre as instituições responsáveis por ações de outorgas e ações reguladoras ligadas a recursos hídricos; propor ações conjuntas entre as instituições, visando otimizar os procedimentos relacionados com assuntos afins; propor diretrizes e ações conjuntas para soluções de conflitos nos usos múltiplos dos recursos hídricos; propor ações mitigadoras e compensatórias; e as competências constantes do Regimento Interno do CNRH e outras que vierem a ser delegadas pelo seu Plenário.
(fonte: Conselho Nacional de Recursos Hídricos

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Brasil tem 56% de sua cobertura florestal preservada

Código Florestal não é ‘jabuticaba’, diz relatório
(Fonte: Claudio Angelo/ Folha.com)
08/10/2011


Responda rápido: qual é o país do mundo que tem 69% de suas florestas preservadas e uma lei ambiental rigorosa, na qual o governo determina o que proprietários privados podem ou não podem fazer com a mata em suas terras? Sim, você acertou: a Suécia.

Um relatório divulgado na quinta-feira (6) por organizações ambientalistas comparou a proteção florestal em 12 países e afirma que o Brasil não apenas está longe de ser a nação que mais preserva, como tampouco é o único no qual a conservação é imposta pelo governo a donos de terras.

Com 56% de sua cobertura florestal preservada, o Brasil fica atrás dos desenvolvidos Suécia e Japão (69% de florestas em pé), e não muito à frente da Indonésia.

O arquipélago asiático, segundo país do mundo com maior cobertura de floresta tropical e visto como desmatador insaciável, mantém 52% de suas matas preservadas. A taxa de devastação brasileira, porém, é maior do que a da Indonésia.

A análise foi feita pela ONG paraense de pesquisas Imazon e pela britânica Proforest, por encomenda do Greenpeace. “Queríamos saber se leis de defesa da floresta são mesmo uma ‘jabuticaba’, como a bancada ruralista afirmou durante a discussão do Código Florestal”, afirmou Paulo Adário, diretor do Greenpeace na Amazônia.

Parlamentares ligados ao agronegócio têm dito que só o Brasil tem tanta floresta, que os países europeus já desmataram tudo e que o Código Florestal, lei que impõe a proprietários de terras o ônus da conservação em suas próprias fazendas, é uma “jabuticaba” – ou seja, uma entidade exótica que só existe no Brasil. O estudo do Imazon mostrou que, entre os países analisados, apenas a Holanda acabou com todas as suas matas – e mesmo assim hoje tem 11% de cobertura florestal plantada.

A França detém 29% de seu território florestado (mais do que os Estados da mata atlântica brasileira), 90% disso com matas primárias ou regeneradas naturalmente.

Os EUA, que como o Brasil são um grande produtor de alimentos, têm 33% de suas florestas preservadas, e não tiveram um palmo de desmatamento desde 1950. Na Europa, na Índia e na China, as florestas aumentaram desde aquele ano.

“Há, sim, regras fortes para a manutenção de florestas nesses países, com imposições sobre as propriedades privadas”, disse Adalberto Veríssimo, do Imazon, coautor do estudo.

Na França, por exemplo, qualquer desmatamento maior o que 4 hectares precisa de licenciamento. Nos EUA, a conversão de florestas nativas é proibida.

Segundo Veríssimo, todos os países analisados seguiram uma curva na qual o desmatamento começa por razões econômicas (madeira, terras ou combustível), a cobertura florestal declina até o “fundo do poço” e a floresta começa a retornar depois.

“No Brasil, a entropia gerada com o Código Florestal permite que a curva continue ladeira abaixo”, disse. 

Agenda do boi - Segundo o pesquisador, os 56% de florestas que sobram no Brasil hoje deveriam ser considerados o “fundo do poço”, ou o limite abaixo do qual não cabe mais desmatamento. “Se o Brasil fosse para 62% [de cobertura florestal], ainda sobraria um grande estoque de terras abertas.”

Isso porque o grosso do desmatamento no país foi feito para a pecuária, que tem produtividade média de apenas 1,1 cabeça por hectare.

“Existe no debate do código uma contaminação da agenda da pecuária, que se impõe sobre dois setores competitivos, o de grãos e o de florestas plantadas, que não precisam do desmatamento para se expandir”, afirmou Veríssimo.

Segundo ele, é possível triplicar a produtividade da pecuária no Brasil e ainda assim manter a carne barata, liberando áreas para a agricultura e a silvicultura.

O pecuarista Assuero Veronez, vice-presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) diz que o estudo é “simplista”. “O instituto da reserva legal na propriedade sem compensação ao produtor só existe no Brasil e, de uns tempos para cá, no Paraguai”, disse. “Na França as restrições são muito menores.”

Veronez concorda em que é possível ampliar a produtividade da pecuária, mas diz que, em alguns lugares, como o Acre, isso implica em um custo adicional que elimina a competitividade. “Você sai do mercado.”

Segundo ele, a liberação de áreas de pasto para a agricultura é possível, mas não depende só da melhora dos pastos: “Existem questões de logística e de fontes de insumos”, explica. “E transformar o pecuarista em agricultor não é fácil, a menos que você esteja na União Soviética, onde o governo determina e as pessoas têm de fazer.” 

MP intervem na tramitação de projetos hidreléticos

No último dia 07, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso, fez um pedido inédito e corajoso ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Trata-se de um Pedido de Providências ao CNJ e Poder Judiciário Brasileiro para que recomendem maior eficiência e efetiva eficácia na tramitação das ações civis públicas sobre hidrelétricas e PCHs.

Assinada pela Promotora de Justiça, Titular da 3ª Promotoria de Justiça Cível de Sinop, Audrey Thomaz Ility, o pedido ao CNJ vem atender às inúmeras reclamações do MP e de ONGs com relação à morosidade com que vêm sendo tratadas as ações sobre irregularidades nos processos de licenciamento ambiental das UHEs e PCHs.

"A Ação Civil Pública (ACP) visa a defesa da sociedade e pode até mesmo transcender as fronteiras nacionais.O MP atua como um substituto processual de toda a sociedade, pois se cada indivíduo ajuizasse uma ação, haveria um número infinito delas", disse a promotora Audrey Ility.

O sistema judiciário brasileiro está se mostrando inoperante quanto à celeridade no julgamento das ACPs que questionam os projetos hidrelétricos. As ações que tramitam no judiciário, como as do rio Madeira, de Belo Monte, das usinas no rio Teles Pires ou de PCHs no Mato Grosso, são campeãs num jogo de empurra-empurra e tecnicidades que visam protelar decisões e acabar em "fato consumado".


-> Leia a entrevista completa no blog SOS CHAPADA DOS VEADEIROS


(fonte: SOS Chapada dos Veadeiros)

O dilema do São Francisco

REVITALIZAÇÃO X TRANSPOSIÇÃO: O DILEMA DO SÃO FRANCISCO CONTINUA

O Rio São Francisco completa hoje 510 anos de seu “batismo”. O Opará dos indígenas – “rio-mar” ou “sem paradeiro definido” – tornou-se ao longo dos séculos “rio dos currais” e “rio da integração nacional”, gerador de energia elétrica e grande pólo de irrigação agrícola. Nos últimos 70 anos, intensificaram-se as produções de riquezas em suas margens e em seus biomas formadores (cerrado, mata atlântica e caatinga). Em conseqüência, as degradações várias e cumulativas chegaram ao ponto do quase esgotamento do seu complexo de vida. Foi de 35% a perda de sua vazão nos 56 anos entre 1948 e 2004, segundo o Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR – Colorado / EUA), a mais grave entre os maiores rios do mundo. Os maiores impactos recaem sobre a população pobre da Bacia Hidrográfica. Mais que sobreviver, ela resiste, toma iniciativas e cobra uma revitalização real já! É quase só isso o que se tem a celebrar hoje!

A Articulação Popular São Francisco Vivo - SFVivo, que congrega cerca de 300 entidades sociais da Bacia, entre movimentos, associações, sindicatos, pastorais e ONGs, vem a público e perante as autoridades para denunciar a continuidade dos desmandos contra o rio e seu povo; e convocar todos e todas a se unirem em iniciativas concretas em defesa da vida que ainda resta no São Francisco – Terra e Água, Rio e Povo.

Rio São Francisco

Quatro anos depois de iniciado o projeto de transposição para o Nordeste chamado Setentrional, as principais críticas ao projeto já se revelam verdadeiras. A revitalização da Bacia, tarefa imensa, cobrada há tempos, veio num programa governamental mínimo como “moeda de troca” pela transposição, e se arrasta incompleta, insuficiente, sob suspeitas de corrupção, sujeita ao jogo dos interesses político-eleitorais. Pensa-se encobrir as evidências com eventos festivos e shows de artistas famosos durante esta semana, em algumas cidades ribeirinhas, sob o slogan de “São Francisco Vive”, cópia mal intencionada da divisa de nossa Articulação. Pretender com marketing “resolver” a grave situação do Velho Chico é tripudiar sobre a sorte de milhões de pessoas e um inúmero conjunto de espécies e formas de vida 

Transposição: obras confirmam críticas

Nossas críticas e alertas quanto à transposição, feitas por organizações da sociedade civil e cientistas isentos, que sempre contestamos a obra e suas razões, já se comprovaram: 

1. A obra seria muito mais cara que o previsto: de 5 bilhões iniciais já estão reajustadas em 6,8 bilhões, um aditivo de 1,8 bilhões, 36% em média. Há lotes ainda não re-licitados, o que vai onerar ainda mais o preço final.

2. Não atenderia a população mais necessitada: efetivamente, não pôs uma gota d’água para nenhum necessitado; antes desmantelou a produção agrícola local por onde passou.

3. O custo da água seria inviável: hoje o governo reconhece que o metro cúbico valerá cerca de R$ 0,13 (poderá ser ainda bem maior), seis vezes maior que às margens do São Francisco, onde muitos irrigantes estão inadimplentes por dívidas com os sistemas de água. Para ser economicamente viável, este preço terá que ser subsidiado, e é certo que o povo pagará a conta;

4. Impactaria comunidades indígenas e quilombolas: comunidades quilombolas impactadas são 50 e povos indígenas nove. As demarcações de seus territórios foram emperradas, seus patrimônios destruídos. No caso dos Truká, em Cabrobó – PE, em cuja área o Exército iniciou o Eixo Norte, o território já identificado é demarcado se aceitarem as obras No caso dos Tumbalalá, em Curaçá e Abaré – BA, na outra margem, se aceitarem a barragem de Pedra Branca. Ainda não foram demarcados pela FUNAI os territórios Pipipã e Kambiwá, a serem cortados ao meio pelos futuros canais, ao pé da Serra Negra, em Pernambuco, monumento natural e sagrado de vários povos. Muitas destas comunidades ainda resistem. O povoado e o assentamento de reforma agrária em Serra Negra não admitem a execução das obras em seu espaço.

5. Destruiria o meio ambiente: grandes porções da caatinga foram desmatadas. Inventário florestal levantou mais de mil espécies vegetais somente no Eixo Leste.

6. Empregos precários e temporários: como sintetizou o cacique Neguinho Truká, “os empregos foram temporários, os problemas são permanentes”. Em Cabrobó, nada restou da prometida dinamização econômica, só decepção e revolta. Nas cidades onde a obra passou ficou um rastro de comércio desorganizado, casas vazias, gente desempregada, adolescentes grávidas...

7. Arrastadas no tempo, a obra se presta a “transpor” votos e recursos: não debela, antes realimenta a “indústria política da seca”. Nova precisão de data para conclusão: 2014! Vem mais uma eleição aí, em 2012, outra em 2014...

8. Faltam duas das conseqüências graves a serem totalmente comprovadas, que só teremos certeza se a obra chegar ao fim: vai impactar ainda mais o rio São Francisco e não vai levar água para os necessitados do Nordeste Setentrional. Enfim, a água da Transposição é para o agro-hidronegócios e pólos industriais do Pecém (CE) e Suape (PE).

Portanto, mantemos a crítica ao projeto. O governo reconhece oficialmente que cinco lotes estão parados e os nove restantes estão em ritmo lento. Já foram gastos 3,5 bilhões de reais na obra. Alegam que a obra “começou sem ter qualquer projeto executivo”, pelo que se deveriam prever custos... Já é longo o histórico de problemas do projeto, seguidas vezes suspenso ou sob suspeição do Tribunal de Contas da União. A pressa era eleitoral, o retardo é venal!

A título de comparação, pensando em menos custos, mais eficiência e eficácia, com esse dinheiro poderiam ter sido feitas 2.187500 cisternas, beneficiando uma população total de 11 milhões de pessoas.

Em outra opção, com esses recursos, segundo a Agência Nacional de Águas - ANA, poderiam ter sido custeadas mais de 1/3 das adutoras previstas para o Nordeste não entrar em colapso hídrico até 2025. Portanto, já teria beneficiado seguramente 12.883.333. Com metade dos recursos da transposição, já teria sido beneficiada mais gente que a obra promete atender, ou seja, 12 milhões de pessoas. Entretanto, nenhuma dessas adutoras está em andamento!

Com o programa “Água para Todos”, o governo Dilma intensificou o programa de cisternas para abastecer a população difusa com mais 800 mil unidades. É um tácito reconhecimento de que as propostas da sociedade civil eram as mais corretas para abastecimento doméstico da população E de que a transposição não é para matar a sede de 12 milhões!

Ainda há tempo de preparar a região para o presente e o futuro em termos de segurança hídrica. Segundo o Atlas Nordeste da ANA seriam necessários pouco menos de R$ 10 bilhões para abastecimento urbano de 39 milhões de pessoas em 1794 cidades dos nos nove estados da região. Obras que a despeito da transposição terão que ser feitas.

O aquecimento global poderá significar para o semiárido quase o dobro de aumento da temperatura em outras regiões. Não é aconselhável expandir os negócios intensivos em água e solos, ainda que sejam agora altamente lucrativos, com subsídios públicos e demandas crescentes do mercado global. É uma escolha política, não uma sina econômica. 
Bacia do Rio São Francisco

Revitalização paliativa 

O programa governamental de revitalização em nada foi melhorado. Continua setorial e desconexo, longe das causas estruturais dos processos de degradação sócio-ambiental da Bacia. Reduz-se a obras de saneamento básico e ambiental, melhoria da navegabilidade e recuperação de matas ciliares. Avançou um pouco mais nas primeiras, mas como muitos problemas como se verá, e quase nada nestas últimas. Em se tratando de transposição e revitalização, dois são os pesos e duas as medidas.

Numa falsa abertura à participação da sociedade coletou mais de 300 propostas, a maioria das quais o Ministério da Integração descartou por não apresentarem ou não se transformarem em projetos exeqüíveis, dentro dos marcos legais... Está-se a sugerir que a sociedade é a culpada por não se recuperar seu rio?

A título de Programa de Revitalização do Rio São Francisco – PRSF incluem-se todas as ações possíveis do governo federal, de vários setores, muitas em parcerias com os governos estaduais da Bacia, de modo a inflar as aparências. Nos períodos eleitorais temos assistido como se decidem as destinações de verbas, para os mais variados fins... E não há transparência, não se tem como saber muito menos acompanhar o andamento das ações.

No site do Ministério da Integração os dados estão desatualizados. Falam de aplicados R$ 194,6 milhões entre 2004-2007 e da “previsão” de R$ 1,2 bilhões no PAC – Plano de Aceleração do Crescimento 2007-2010. No caso do “esgotamento sanitário” seriam atendidos todos os 102 municípios da calha do rio. O último relatório do programa disponível é de dezembro de 2007... Já o site do Ministério do Meio Ambiente fala que “as ações para a revitalização estão inseridas no Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas com Vulnerabilidade Ambiental do Plano Plurianual (PPA 2004/2007 e PPA 2008/2011) e será complementado por outras ações previstas em vários programas federais do PPA”... E de fato aparecem setorialmente neles. Já à agenda não se tem acesso em site nenhum, nem à execução orçamentária... Inevitável a pergunta: o que se quer esconder?

Fomos conferir de perto aquelas que nos parecem as obras principais do PRSF: as de esgotamento sanitário. Membros da SFVivo percorreram o traçado destas obras em algumas cidades ribeirinhas. Parte do que relataram segue em anexo no DOSSIÊ “CAMINHO DO ESGOTO”.

Até quando a sociedade barranqueira e brasileira vai assistir conformada aos desmandos que um diminuto grupo poderoso política e economicamente faz para si mesmo, na Bacia do São Francisco e no Nordeste, com vultuosos recursos públicos, sob o manto da democracia representativa, em nome do “desenvolvimento” social e da proteção ambiental? Reciclam-se os discursos (sustentabilidade) e os métodos (corrupção), para continuar a mesma sina (dominação e exploração). O planeta dá sinais de que não suporta mais, a humanidade se rebela em ruas e praças. Há esperança, e ela vem do povo unido e organizado. Como neste 510º 4 de outubro, ao dar a quem tanto nos ofereceu o “gole d’água” de sua luta pelo São Francisco Vivo – Terra e Água, Rio e Povo!

Rio São Francisco, 4 de outubro de 2011. 
Articulação Popular São Francisco Vivo.

CBH do Itajaí em festa



A missão do FONASC é articular e mobilizar a representação da sociedade civil nos comitês de bacias hidrográficas. Assim, as conquistas dos comitês em defesa das águas são também comemoradas pelo FONASC, no objetivo comum de lutar pela preservação de rios e bacias e pelo direito de todos de acesso a água.

O Comitê do Itajaí, encarregado de orientar o uso e a proteção da água em toda a bacia hidrográfica do Rio Itajaí, localizado em Santa Catarina, está completando 15 anos e realizará um evento comemorativo no dia 1º de novembro, em Blumenau (SC).
O Comitê é composto por 50 organizações, sendo 10 órgãos públicos estaduais e federais, 20 usuários da água, 10 órgãos públicos municipais e 10 entidades da sociedade civil. 

SERVIÇO:
O quê: Comemoração dos 15 anos do Comitê do Itajaí
Quando: 1º de novembro de 2011, às 19h
Onde: Teatro Carlos Gomes, Blumenau (SC)