Desmatamento na Amazônia sobe para 7.000 km2
CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA
A taxa de desmatamento na Amazônia em 2010 foi revisada para cima: em vez dos 6.450 km2 anunciados pelo governo no fim do ano passado, foram 7.000 km2, como a Folha adiantou em 17 de agosto.
Ainda assim, o número continua sendo o mais baixo desde que o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) começou a fazer a medição, em 1988.
Dados divulgados nesta segunda-feira pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, também sugerem que a tendência de alta de 2011, medida pelo sistema Deter (que informa a devastação mês a mês, mas de forma menos precisa que o sistema que dá as taxas anuais), pode ter sido sustada.
O desmate registrado pelo Deter em agosto foi de 164 km2, comparado a 265 km2 em agosto de 2010. "É o menor agosto da história", disse a ministra.
O Deter apontou uma explosão no desmatamento a partir de abril de 2011, especialmente em Mato Grosso.
O governo considera que expectativas de agricultores em relação à flexibilização do Código Florestal, somadas a mudanças na lei de zoneamento do Estado, explicam a alta. Em resposta, o governo endureceu a fiscalização na região amazônica.
Mesmo com a queda de abril para cá, o desmatamento medido pelo Deter em 12 meses (agosto de 2010 a julho deste ano) ainda é maior do que o de agosto de 2009 a julho de 2010.
Questionada sobre a taxa final de 2011 (a ser divulgada em novembro) poderá não refletir a alta, a ministra disse estar "esperançosa".
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